Nesta primeira postagem quero agradecer pelo acesso ao meu blog e dizer que espero que as dicas e estudos aqui postados possam contribuir para somar conhecimento aos leitores. A eletrônica está presente em nosso dia a dia, tanto é que utilizamos equipamentos eletrônicos desde quando acordamos (despertador) até quando vamos dormir (TVs, lâmpadas fluorescentes). E estes equipamentos, quando foram inventados, alguém ficou acordado até tarde, levando papéis e mais papéis com anotações pra tudo quanto é lado, queimando componentes, pensando, pensando, pensando...
Bom, a eletrônica é isso, não se faz um bom projeto simplesmente juntando um monte de componentes com solda e deixando funcionar. O caminho é longo, mas se você também gostava de desmontar tudo que funcionava com eletricidade quando era criança, para saber como funcionava, acredito que a leitura deste blog será interessante...
O LED (Ligh Emitting Diode), ou diodo emissor de luz é um semicondutor muito utilizado nos aparelhos eletrônicos. Não estarei explicando detalhes técnicos deste componente, pois o objetivo nesta postagem é outro. Quero somente citar que o led possui características semelhantes ao de um diodo comum, como tensão reversa máxima e corrente direta máxima, além do Anodo e Catodos, que são os 2 terminais. Para diferenciar o anodo do cátodo temos 3 modos:
- O terminal maior do led é o anodo e o menor é o catodo.
- Dentro do led, a chapinha menor é o anodo e a maior é o catodo (pode variar em alguns tipos de leds).
- Com o auxílio de um multímetro na escala de diodo, quando aparecer o valor de uma resistência na escala do multímetro, o terminal onde colocamos a ponta de prova vermelha é o anodo . Em alguns multímetros não é possível fazer a leitura desta resistência, pois a mesma é maior que a escala do multímetro. Uma dica é que quando iniciamos a leitura, um determinado valor aparece no multímetro e depois desaparece. Conclui-se então que o terminal onde estava a ponta de provas vermelha é o anodo.
Assim como um diodo, se um led for ligado sem um resistor, ele deixará passar uma corrente intensa, pois possui uma resistência interna muito baixa, e queimará na hora. Então você precisa colocar um resistor para limitar essa corrente.
E quando estamos falando de corrente alternada, cabe lembrar que essa corrente varia o sentido 60 vezes por segundo, no caso da rede elétrica aqui do Brasil. Se colocarmos somente o resistor e o led em uma rede 110V a tensão reversa será de 155,56V, aproximadamente e, em 220V, 261,2V (valores de pico). Como geralmente estes leds são comprados em lojas de eletrônica, e não vem com nenhum valor escrito, fica difícil saber quais são as suas características.
O que eu geralmente faço nos projetos é:
- Adotar corrente máxima de 25mA. Isto não significa que vou utilizar sempre esta corrente. Posso utilizar um corrente menor. Vai depender se eu quero que o led fique mais forte ou mais fraco e quanto que o circuito que vai alimentar o led pode fornecer de corrente.
- Tensão do led: 2,0V.
- Coloco um diodo em série com o resistor do led.
O diodo que eu utilizo pode ser 1N4004 a 1N4007. Conhecendo as características desse diodo fica mais fácil saber que o mesmo irá suportar a tensão reversa.
Outro detalhe que vale ser lembrado é que o led não ficará aceso direto, ele ficará acendendo e apagando 60 vezes por segundo. Mas isto não será perceptível (pelo menos não tanto).
O resistor utilizado é um resistor comum de 1W, com resistência entre 33K e 47K. Você pode até utilizar outros valores, mas eu não aconselho utilizar valores muito abaixo. Vale lembrar que a potência do resistor deverá ser maior exigindo um resistor de 2W ou até mesmo 3W.
Para finalizar gostaria de dizer que este é um exemplo prático mesmo. Não citei os cálculos de potência e resistência pois é muito relativo. Depende de uma série de fatores, como por exemplo se o resistor ficará em local fechado, com ventilação forçada ou não, qual a tensão exata da rede, a corrente de pico máxima que o led suporta...
